sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Marcha do MBL e os “corruptos inteligentes”

Por Altamiro Borges

Paparicados pela mídia falsamente moralista, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua programaram para este domingo (4) novas “marchas pela ética na política”. Estes grupelhos fascistas, que apoiaram o “golpe dos corruptos”, não pedirão o impeachment do Judas Michel Temer e nem as prisões imediatas de Geddel Vieira, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Romero Jucá e de outros chefes da quadrilha que assaltou o Palácio do Planalto. Nem daria. Afinal, vários membros destas seitas foram contemplados com cargos no covil golpista. Eles pretendem apenas expressar apoio à midiática Operação Lava-Jato e ao “justiceiro” Sergio Moro – o novo ídolo da direita nativa.

Barbosa detona o “pau mandado” da Veja

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

O “golpe dos corruptos”, que alçou o Judas Michel Temer ao poder central, tem produzido cenas curiosas. Em 2012, a asquerosa revista Veja transformou o ministro Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, no “menino pobre que mudou o Brasil”. Carrasco do “mensalão petista” no STF, ele virou o herói dos que conspiravam contra a democracia e chegou até a ser cogitado como presidenciável. Mas o mundo dá voltas. Neste ano, Joaquim Barbosa passou a destoar da direita nativa e a mídia venal promoveu o seu sumário sumiço. Já nesta semana, ele criticou a “encenação” do impeachment de Dilma e despertou a raiva hidrófoba de Reinaldo Azevedo, o pitbull da mesma Veja.

O golpe se jogou em uma armadilha

O juiz Sérgio Moro está fugindo

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Leandro Fortes, no site da CTB:

A Operação Lava Jato, dentro de um contexto social e político honesto, teria sido um presente para o Brasil. Acho que ninguém discorda de que, um dia, seria necessário acabar com a cultura da corrupção que sempre ligou empreiteiros e políticos brasileiros.

O fato é que, em pouco tempo, foi fácil perceber que as decisões e ações demandadas pelo juiz Sérgio Fernando Moro estavam eivadas de seletividade. Tinham como objetivo tirar o PT do poder, desmoralizar o discurso da esquerda e privilegiar aqueles que, no rastro da devastação moral levada a cabo pelo magistrado, promoveram a deposição da presidenta Dilma Rousseff.

O preço alto de manter Temer no poder

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Michel Temer tem um dilema para resolver.

Seu grupo político no Executivo e sua base de sustentação no Legislativo são uma dor de cabeça sem tamanho. Ou, como diria minha falecida avó, bichados.

Envolvido em denúncias de corrupção que já conhecemos e em outras que nem imaginamos ainda.

De repente, quando menos se espera, uma surpresa diferente. Teve até pressão para liberar apê de luxo em Salvador.

A derrota da casta que se acha acima da lei

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Pode-se medir a importância para o Estado Democrático de Direito da decisão da Câmara dos Deputados desta terça-feira (29) de punir por crime de responsabilidade os abusos cometidos por procuradores do Ministério Público e juízes pelas reações imediatas e iradas de Deltan Dallagnol e Carlos Fernando de Souza, destacados próceres da República de Curitiba.

Para Dallagnol, o texto aprovado pelos deputados "é uma tentativa de aterrorizar promotores, procuradores e juízes." Já Carlos Fernando vê o começo do fim da guerra à corrupção. A chave para entender a revolta da dupla está ao alcance de qualquer mortal : a Câmara acrescentou uma emenda à nova lei anticorrupção prevendo que sejam processados por crime de responsabilidade procuradores e juízes que instaurem ações movidos pela busca de "promoção pessoal ou perseguição política."

A falência da democracia de Facebook

Por Nathan Heller, no site Outras Palavras:

Em dezembro de 2007, o jurista Cass R. Sunstein escreveu no The Chronicle of Higher Education um artigo sobre os efeitos da filtragem que frequentemente acompanha a difusão de informações na rede. “Como resultado da internet, vivemos cada vez mais numa era de enclaves e nichos – a maioria voluntariamente, a maioria produzida por aqueles que pensam saber, e frequentemente sabem, aquilo de que provavelmente gostamos”, observou Sunstein. No artigo, “A Polarização dos Extremos”, Sunstein argumentava que a tendência era de efeitos negativos para a orientação – ou, mais precisamente, a desorientação – da opinião pública. “Se as pessoas estão separadas em enclaves e nichos, o que vai acontecer com sua opinião?”, pergunta ele. “Quais os eventuais efeitos disso na democracia?”

Michel Temer respira por aparelhos

Por Eric Nepomuceno, na revista Caros Amigos:

Algo novo e surpreendente está ocorrendo no Brasil: o governo de Michel Temer, surgido de um golpe institucional que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, se deteriora em velocidade alucinante.

Enquanto se aprofunda a mais severa recessão já vivida pelo País, com todos – absolutamente todos – os indicadores econômicos retrocedendo de forma contundente, Michel Temer demonstra fartamente que sua ausência de estatura (política, ética e moral) para ocupar a presidência do maior País latino-americano corresponde a uma extrema inabilidade para conduzir-se em meio à tempestade.

Contra boato, Aécio jura lealdade a Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Renan Calheiros sabe o que faz quando insiste com Temer para fortalecer o PSDB em seu governo. Há mais gente na coalisão do golpe colecionando sinais de que o partido desistiu de Temer e pretende derrubar a “pinguela” e eleger indiretamente FHC para um mandato tampão de “conciliação nacional” no ano que vem. Estes boatos levaram o ex-ministro Marcelo Calero a negar, no Facebook, que tenha agido em sintonia com os tucanos ao detonar Geddel, Padilha e Temer. Aécio Neves, presidente do PSDB, que na crise Geddel foi solidário a Temer e até defendeu que Calero fosse investigado, em conversa com o 247, negou peremptoriamente e reiterou a lealdade tucana a Temer.

Brasil deve rejeitar os tribunais de exceção

Por Marco Aurelio Garcia, no blog Nocaute:

Judicialização da política, você já deve ter ouvido mais de uma vez essa expressão que pode parecer um pouco enigmática, o que significa? Significa completamente quando o poder judiciário se mete de forma indevida para resolver problemas políticos que são essencialmente de competências do poder executivo e do poder legislativo. Isto é um fenômeno que ocorre na maioria das vezes quando há crises políticas e sobretudo quando essas crises são agravadas por um crise econômica e social, como é o caso do Brasil hoje. 

Bye Bye Temer... 2017 já começou!

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

O golpista Michel Temer está em apuros. Não bastassem as denúncias de Marcelo Calero, as perguntas de Eduardo Cunha, as ações no TSE, agora, os promotores da Lava Jato pressionam o decorativo:

“A nossa proposta é renunciar coletivamente caso essa proposta venha a ser sancionada pelo presidente”, afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, no que foi acompanhado pelo procurador Deltan Dallagnol, ambos da Força Tarefa da Lava Jato, em coletiva nesta quarta-feira(30.11.2016).

O ato extremo dos procuradores da Lava Jato surtiu resultado: voltaram os panelaços, insuflados pela Rede Globo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Golpe no golpe: os últimos dias de Temer

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tudo sugere que Temer caminha para seus últimos dias na presidência.

Não deu certo. O fato é que ele foi, desde os primeiros dias, um fracasso monumental.

Já sabíamos que era decorativo, medíocre, sem carisma, antiquado, sem liderança - e traiçoeiro.

O que ficamos sabendo rapidamente, desde que ele assumiu, é que Temer é extraordinariamente incompetente.

Lindbergh desmonta o arbitrário Moro

Perguntas a Janot e colegas acima da lei

Por Jeferson Miola

A reação dos procuradores da Lava Jato às mudanças no Projeto de Lei anticorrupção revela o temperamento totalitário e nefasto dos setores que dominam o Ministério Público.

A Câmara dos Deputados, bem se sabe, tem uma imagem deplorável. No estrangeiro, a Casa chegou a ser chamada de “assembléia geral de bandidos comandada pelo bandido Eduardo Cunha”. No caso específico do PL 4850/16, porém, os deputados agiram com raro acerto na defesa do Estado de Direito.

Um teatro ruim para a democracia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para além das paneladas e da ameaça teatral de renúncia ensaiada pelo chefe da força tarefa da Lava Jato, é preciso reconhecer que ao votar as dez medidas contra a corrupção a Câmara de Deputados tomou decisões importantes do ponto de vista do Estado Democrático de Direito.

Entre várias emendas ao projeto original, os deputados preservaram o habeas corpus, garantia de liberdade individual que se tentava transformar num adereço sem função real – a mais recente iniciativa nesse sentido ocorreu em dezembro de 1968, quando a ditadura militar baixou o AI-5, inaugurando a grande treva da ditadura.

O austericídio chega aos estados

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

Está sendo proposto que governadores assinem um “Pacto pela Austeridade” na próxima terça-feira 29, em solenidade com Michel Temer. Assim, não contente em degradar os serviços públicos federais, o governo objetiva sufocar os estados e o Distrito Federal.

Notas da reunião preparatória realizada em 23 de novembro no Ministério da Fazenda revelam alguns detalhes. Diz a nota:

“Instituir o Novo Regime Fiscal (NRF), mediante PEC, para todos os Poderes e Órgãos dos estados e do DF, com sanções e limites individualizados por Poder, idênticas às previstas na PEC 55 e equivalentes às previstas pelo descumprimento da LRF, c/ limitador da despesa primária corrente para o exercício de 2017 ao montante realizado em 2016 (base fixa), acrescido da variação do IPCA para o ano de 2016, e assim sucessivamente para os demais anos, por 10 anos, a partir de jan/2017 até dez/2026, com revisão do indexador a partir do 7º ano, para os últimos 4 anos; (aprovada)”

PEC-55 é imposta sob truculência policial

Editorial do site Vermelho:

Nesta quarta-feira (29), sob inspiração do Palácio do Planalto, Brasília viveu mais uma vez, no gramado do Congresso Nacional, uma ação militar que sinaliza fortemente o regime de exceção e ilegalidade, instaurado pelo golpe parlamentar, jurídico e midiático de 31 de agosto de 2016.

A história de Brasília está cheia de fatos heroicos em defesa da legalidade e da democracia. Série à qual se juntam os acontecimentos desta quarta-feira, quando a capital do país reviveu tristes lembranças da ditadura militar, finda há mais de 30 anos.

PEC-55 aprofundará a crise econômica

Do site do PT:

Na noite da terça-feira (29), o Senado Federal aprovou a PEC 55 em primeiro turno. A votação foi marcada pela repressão violenta pela Polícia aos movimentos sociais que protestavam contra a medida do lado de fora do Congresso Nacional.

No dia seguinte, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre confirmou a queda da economia: – 0,8 em relação ao último trimestre e – 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os números mostram o que economistas contrários ao corte desmedido de gastos já falam há algum tempo: a economia brasileira está com todos os seus motores desligados. E a aprovação da PEC 55 vai piorar esse cenário. As famílias estão endividadas, e o desemprego aumenta.

Temer incentiva violência no campo

Por Patrus Ananias

O governo golpista presidido por Michel Temer acaba de produzir contribuição inestimável aos criminosos que patrocinam e aos que praticam a violência nas áreas rurais do Brasil - os que mandam ameaçar e os que ameaçam; os que mandam ferir e os que ferem; os que mandam matar e os que matam.

Gravíssimo para o país e simultâneo à recriação, na Câmara, da CPI com que a tropa ruralista pretende criminalizar os movimentos sociais, o incentivo governamental a todos aqueles que não querem a paz no campo foi consumado em dois momentos. No primeiro, em 26 de outubro, o governo não incluiu a Ouvidoria Agrária Nacional na nova estrutura do que restou do Ministério do Desenvolvimento Agrário. No segundo momento, em 24 de novembro, exonerou toda a equipe da Ouvidoria, extinguindo, na prática, o único órgão federal dedicado a mediar conflitos por terra.

Mídia ajudou a implodir a economia

Foto: Raphael Coraccini
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Referências no contraponto ao discurso monolítico dos grandes meio de comunicação quando o assunto é economia, Luiz Gonzaga Belluzzo, Eduardo Fagnani e Laura Carvalho discutiram, nesta terça-feira (29), em São Paulo, os impactos do golpe no setor, parte do Ciclo de Debates A Imprensa e o Golpe. Segundo eles, o governo Temer opta por um ajuste que subtrai direitos, preserva privilégios e ganha o endosso de quase a totalidade dos analistas da imprensa hegemônica.
Professora do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo e colunista da Folha de S. Paulo, Laura Carvalho aponta que há uma fraude nas promessas econômicas do governo que se instalou após o impeachment de Dilma Rousseff. “Há uma completa falta de perspectiva de saída do fundo do poço. Criou-se o discurso de que os investidores estariam loucos para vir ao Brasil após a queda de Dilma, mas isso não está ocorrendo”, diz.