quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Vitória na PEC não esconde erosão de Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

53 votos, contra 16, aprovaram a PEC da Morte, em segundo turno.

No primeiro, 61 favoráveis ante 14 contrários.

Os sete votos perdidos – ainda não obtive a relação – em menos de um mês são apenas um retrato parcial da erosão sofrida por Michel Temer.

Porque a canalhice aprovada hoje é a que reúne todos os que desprezam o povo brasileiro e seu futuro.

Previdência: A reforma das maldades

Por Jandira Feghali

Encaminhada ao Congresso nesses últimos dias, a reforma da previdência do ilegítimo Michel Temer vai afetar profundamente a vida de todos os trabalhadores, como a copeira Rose, que nunca vai conseguir se aposentar. O golpista-mor Temer, que se aposentou aos 55 anos de idade, quer exigir dos demais brasileiros 50 anos de carteira assinada para alcançar um benefício. Como seria mais difícil abolir a Lei Áurea, a proposta de Temer reinstaura a escravidão no Brasil por meio dessa emenda cruel.

PEC-55 foi canto de cisne de Temer

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nem todos os sinais da votação que aprovou a PEC-55 são favoráveis ao governo Temer. A bancada a favor perdeu 8 votos em comparação com a primeira votação. A PEC recebeu 51 votos, apenas quatro acima do mínimo necessário.

Trata-se de um péssimo sinal para um governo que irá enfrentar, em breve, o desafio de aprovar a Reforma da Previdência. Além de tocar diretamente no bolso de todo brasileiro, este é um projeto que, de forma escancarada, prejudica a maioria da população. Não só tornará a aposentadoria mais difícil para o cidadão comum. Conserva - também de forma escancarada - bolsões inaceitáveis em fatias privilegiadas no setor público, exatamente área responsável por um déficit estrutural da Previdência, pois aqui oferece pensões e benefícios insustentáveis por qualquer cálculo elementar que envolve receitas e despesas.

Sergio Moro, o juiz da foto "infeliz"

Por Flávio Aguiar, no site Sul-21:

O juiz Sergio Moro veio a Heidelberg, para dar palestra no Instituto de Sociologia Max Weber, sobre a Operação Lava Jato, a convite do professor Markus Pholman, atrás de uma consagração.

A Universidade de Heidelberg é uma das mais antigas e respeitadas da Alemanha e da Europa. Fundada no século 14, por ali passaram, além de Max Weber, Hegel e Toynbee. E há outros nomes, como Jaspers, Feuerbach, Gadamer etc.

Porém a consagração não veio. Moro encontrou, em sua palestra, proferida na sexta-feira, 9 de dezembro de 2016, às 18 horas, uma parede de cartazes com “Fora”, “Parcial”, “PSDB”, além de outros cartazes que protestavam contra o governo Temer, a PEC 55, as ilegalidades da Lava Jato. Nos protestos, havia, além de brasileiros, sindicalistas alemães em apoio aos trabalhadores que têm seus direitos ameaçados pelo governo Temer.

Marcelo Odebrecht confirma doação a Temer

Da revista Fórum:

Marcelo Odebrecht, protagonista de um pedido pessoal do presidente Michel Temer de um pagamento de R$ 10 milhões feito pela sua empreiteira ao PMDB através de caixa dois, confirmou a história. O episódio, que teria acontecido em maio de 2014, no Palácio do Jaburu, com a presença de Temer, então vice-presidente, e do hoje ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi relatado na semana passada em delação do ex-executivo da empreiteira, Cláudio Melo Filho, e foi amplamente divulgado pela imprensa. Temer não só negou, como criticou o vazamento do conteúdo da delação, chegando a insinuar ao Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que ela deveria ser anulada.

Agradeçam aos paneleiros pela PEC-55

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Das sacadas gourmet dos apartamentos de classe média alta e alta soavam panelas contra o governo Dilma. No asfalto, vestidos com suas camisetas da CBF como se fossem legítimos patriotas, pediam “educação e saúde padrão FIFA”. Derrubado o governo, tudo que conseguiram foi detonar a educação e a saúde públicas, comprometidas agora por um corte no orçamento pelos próximos 20 anos. Não fará diferença para eles: seus filhos estão na escola particular e têm plano de saúde. Hoje, 13 de dezembro, a famigerada PEC do Teto foi aprovada em pleno aniversário de 48 anos do AI-5. Nada mais simbólico.

O protesto contra PEC-55 no prédio da Fiesp

Foto: Rogerio de Santis/Futura Press
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Saiu barato para a Fiesp.

Na noite de terça, dia 13, um grupo de manifestantes invadiu o prédio na Paulista e lançou rojões e fogos de artifício no interior.

O portão principal foi forçado. Algumas vidraças foram quebradas. Duas mulheres acabaram detidas - uma delas, uma menor, por desacato. Foram levadas à 78ª DP, na Avenida Estados Unidos.

Cenas de guerra na aprovação da PEC-55

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Do site Vermelho:

O jornalista Paulo Lima descreveu em texto, fotos e vídeo as cenas de repressão que tomaram conta da Esplanada dos Ministérios nesta terça-feira (13). O Congresso Nacional ficou isolado e os manifestantes mantidos a alguns quilômetros de distância. para que os senadores aprovassem sem nenhuma contestação a medida que congelará por vinte anos os gastos sociais públicos.

CPI da Merenda inocenta máfia tucana

Por Altamiro Borges

Se depender da mídia chapa-branca e da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o governador Geraldo Alckmin, o “Santo” das listas de propina da Odebrecht e ex-fiel da seita Opus Dei, já tem um lugar reservado ao lado de Deus. Nesta terça-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para apurar as fraudes na merenda escolar foi concluída sem incriminar nenhum grão-tucano do governo paulista. O relatório final propôs punir apenas alguns integrantes da cooperativa agrícola, dois servidores públicos e um ex-chefe do gabinete da Casa Civil do Palácio dos Bandeirantes. O presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), filhote do governador, saiu totalmente ileso da “CPI”.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Previdência privada aplaude a “reforma”

Ilustração: Bira Dantas
Por Altamiro Borges

A proposta de “reforma” da Previdência do Judas Michel Temer é tão cruel e desumana que até já virou motivo de piadinhas macabras. O irreverente José Simão não perdeu a oportunidade: “Se eu estivesse morto, eu teria que trabalhar mais 20 anos pra me aposentar! E o Congresso? O Congresso vai se aposentar por anos de propina. Aposentadoria por tempo de propina... E o [site] Kibeloco: ‘A reforma é simples: se você não é militar, não vai se aposentar’. A Reforma da Previdência é simples: você não vai se aposentar! Pronto! E adorei a charge do ATorres com uns véinhos numa mesa branca: ‘Seu Astrodo, o senhor está entre nós? Já saiu sua aposentadoria, seu Astrodo’”.

O apoio midiático à 'PEC da Morte'

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no site Carta Maior:

A PEC-55 limitando os gastos públicos por 20 anos é um dos pilares do golpe de Estado perpetrado em 31 de agosto deste ano contra o governo da presidenta Dilma Rousseff.

Dois outros são a entrega do pré-sal às multinacionais do petróleo e a criminosa reforma da Previdência.

A ação golpista não estancou na destituição da governante eleita pelo voto popular.

Constituiu-se na atual legislatura uma maioria parlamentar capaz de aprovar qualquer medida anti-popular e anti-nacionalista que seja apresentada.

Sentença de morte: você não vai se aposentar

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A reforma da Previdência anunciada pelo governo não eleito pode ser resumida numa sentença de morte: você não vai se aposentar. É só fazer as contas. O tempo de contribuição necessário para ter direito a aposentadoria integral (que de integral não tem nada) passou a ser de 49 anos. Some a essas quase cinco décadas a idade que você começou a trabalhar, os eventuais períodos em que ficou sem contribuir e compare com a expectativa de vida média do brasileiro. A indesejada das gentes vai chegar primeiro.

PEC-55: instrumento do 1% mais rico

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Grazielle David e Juliano Giassi Goularti, no site Brasil Debate:

No Brasil, o comprometimento do orçamento da União para o pagamento de despesas financeiras, cujos estoques estão em poder de donos de títulos da dívida pública, pessoa físicas ou jurídicas, e principalmente nas mãos do sistema financeiro, dos bancos, alcançou a marca de 27,8% [1] do orçamento federal em 2015.

Esse cenário torna a dívida pública um dos principais instrumentos de dominação da sociedade brasileira por parte dos grandes rentistas, proprietários de grande parte dos títulos da dívida. O processo de gerenciamento da dívida pública, que carrega uma elevada taxa de juros e a lógica de curto prazo no pagamento das obrigações financeiras, tem sido o principal condicionante da política econômica nas últimas duas décadas, o que torna o capital portador de juros um sócio privilegiado do orçamento público.

Previdência: a farsa desmascarada

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Às vezes, diz o brocado, é mais fácil pegar um mentiroso que um coxo. Nos últimos dois anos, os conservadores brasileiros surfaram na onda do sentimento anti-establishment que percorre o planeta. Deram-lhe conteúdo reacionário. Em maio, derrubaram um governo que ensaiava reformas sociais tímidas porém inéditas – acusando-o de responsável por práticas de corrupção que marcam a história do país há séculos. Promoveram uma série inédita de ataques aos direitos sociais, aos serviços públicos e às liberdades democráticas. Governam como saqueadores, loteando o Estado e desmantelando as políticas públicas.

Triplex não é de Lula, confirmam testemunhas

Do site Lula:

A engenheira da OAS Empreendimentos Mariuza Aparecida Marques depôs nesta segunda-feira (12) em processo na 13ª Vara Justiça Federal, em Curitiba, por videoconferência. Ela é testemunha de acusação dos procuradores do Ministério Público Federal do Paraná contra Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de ser dono de um um apartamento triplex do qual jamais foi o proprietário oficial nem jamais fez uso. Atualmente, a OAS é a dona do imóvel.

A PEC-55 e o estado de sítio rentista

Por Jeferson Miola

Em 13 de dezembro de 1968, o ditador Costa e Silva decretou o Ato Institucional nº 5. Essa medida, equivalente ao estado de sítio, consolidou o caráter totalitário do regime de exceção iniciado com o golpe de Estado perpetrado em 31 de março de 1964 com a derrubada do Presidente João Goulart.

O AI 5 ficou vigente até dezembro de 1978, portanto seus efeitos duraram 10 anos.

Exatos 48 anos depois, neste dia 13 de dezembro de 2016, o regime de exceção vigente hoje no Brasil dará um passo decisivo para a instauração do estado de sítio rentista.

Reforma previdenciária presenteia os bancos

Ilustração: Quinho
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Já se soube que o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, antes de fechar e apresentar a proposta de reforma do governo, reuniu-se diversas vezes com empresários, banqueiros e fundos de Previdência Privada. Só quando tudo estava pronto, teve um encontro com as centrais sindicais. O que não se sabia, e estava passando batido, é que ele incluiu na reforma um presente para os bancos e fundos de previdência privada, manobra que está sendo denunciada pela líder da minoria na Câmara, Jandira Feghali (PC do B-RJ).

Os crimes do narcoestado peruano

Por Leonardo Wexell Severo, de Lima-Peru

Passada a sangrenta ditadura de Alberto Fujimori e o estelionato eleitoral de Ollanta Humala, o povo peruano enfrenta agora o desgoverno de Pedro Pablo Kuczynski (PPK) e um parlamento corrupto, controlado pelo narco-fascismo fujimorista. Uma feroz disputa entre direitistas para ver quem é mais submisso ao sistema financeiro e aos cartéis estrangeiros; que se empenham na implantação da política neoliberal de desmonte do Estado, via ajuste fiscal, concessões-privatizações e reformas trabalhista e previdenciária.

República estilhaçada e a falência do STF

Ilustração: Quinho
Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Uma república se sustenta sobre a funcionalidade do tripé dos três poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - conforme o estabelecido na Constituição. Nas últimas semanas, a república brasileira veio abaixo com o desmoronamento do último poder que ainda mal subsistia: o Judiciário. Fruto de um golpe, o Executivo, sem legitimidade não podia ser considerado um poder republicano desde a posse de Temer. Além da ilegitimidade originária, esse governo era e é inaceitável pelo seu caráter criminal. Se alguém ainda duvidava de que se tratava de uma quadrilha, as delações dos executivos da Odebrecht acabam de desvelar qualquer dúvida. A principal missão desse governo é a de investir com violência contra os direitos sociais e contra o espírito e a letra da Constituição de 1988.

Com Temer, a questão indígena retrocede

Por Murilo Matias, na revista CartaCapital:

Muito cacique para pouco índio. A tradicional expressão brasileira que sugere excesso de autoridades para um reduzido número de seguidores inverte-se na realidade vivenciada pelos índios na política nacional.

Ausentes nos espaços de poder, os indígenas veem seus dramas se intensificarem, com a fragilização da Fundação Nacional do Índio (Funai), a ofensiva da bancada ruralista e o massacre de etnias impulsionado pela guerra de especuladores do agronegócio, percebida por muitos como a continuação de um genocídio.