segunda-feira, 24 de abril de 2017

Moro e Temer: outra foto para a história

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Da revista CartaCapital:

O juiz Sergio Moro, responsável pelos julgamentos da Operação Lava Jato em primeira instância e visto como bastião da moralidade pelos manifestantes que desde 2015 vão às ruas "contra a corrupção", se encontrou nesta quarta-feira, 19, com uma das estrelas das delações premiadas da Odebrecht, o presidente Michel Temer. Ambos receberam em Brasília a Ordem do Mérito Militar, condecoração entregue pelo Exército como parte das cerimônias comemorativas do Dia do Exército.

Sorrindo, o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba cumprimentou Temer, que fez questão de encontrá-lo, segundo o jornal Folha de S.Paulo. Ainda de acordo com a publicação, eles não conversaram e não se sentaram próximos.

Os golpistas e a destruição trabalhista

Por Miguel Rosseto, no site Carta Maior:

O relator da reforma trabalhista, deputado Rogério Marinho, do PSDB/RN, não propõe apenas ajustes ao projeto original do governo golpista. Ele apresenta um novo projeto. O que era ruim ficou pior, com dezenas de artigos que produzem graves mudanças na legislação trabalhista, no Direito do Trabalho, na organização sindical e na Justiça do Trabalho. É preciso denunciar que não se trata de uma reforma, mas de uma destruição de direitos trabalhistas conquistados em décadas de luta social e democrática.

O Projeto Brasil Nação chega às ruas!


Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O manifesto do Projeto Brasil Nação é uma iniciativa do professor Luiz Carlos Bresser-Pereira que apresenta "uma alternativa viável e responsável para o Brasil" e será lançado nesta quinta-feira, dia 27/04, a partir das 18 horas, no auditório da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, centro de São Paulo.

O Projeto tem cinco pontos principais:

1. Atuação contracíclica dos gastos públicos, priorizando investimentos em saúde e educação;

2. Redução da taxa básica de juros para níveis compatíveis com as demais economias emergentes;

Defender Lula é defender a esquerda

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não têm faltado ponderações de amigos e de adversários ideológicos/políticos no sentido de que abandonar Lula seria o “melhor caminho” em um momento em que o mundo desaba sobre a cabeça daquele que, pisoteado, escorraçado, difamado impiedosamente, sem trégua, estaria condenado, inapelavelmente, ao cadafalso político, ideológico, moral e físico.

Um amigo me diz que estaria na hora de “desmamar” de Lula. Outro, argumenta, quase como um favor ao alvo da sanha reacionária, que a hora seria propícia ao surgimento de “novas lideranças”…

Há pouco tempo, outro amigo disse que Lula, mesmo que não tenha recebido tríplex ou sítio, que não tenha sido aliciado de qualquer forma por donos de empreiteiras, não deveria ter se aproximado deles por tudo que representa.

Os chefes do banditismo político no Brasil

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Jornal O Globo publicou no sábado, dia 22 de abril, o editorial mais bandido já escrito na história do Brasil, e olha que a disputa é acirrada!

O Brasil terá de escolher: ou Estado de Direito e democracia, ou a Globo.

Vamos responder ponto por ponto! Nosso texto vem entre colchetes e em negrito.

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No Globo

Cerco de depoimentos confirma Lula como o chefe

O tamanho do petrolão mostrou que era impossível o então presidente não saber do esquema

Globo encara o país como um imenso BBB

Lula no Jornal Nacional: presença cativa
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Alguém já disse que o Brasil é uma concessão da Globo.

A campanha maciça contra Lula é o retrato de como uma corporação com elefantíase lida com o país: como o BBB, manipulando e eliminando os indesejáveis.

O site Poder360 analisou, recentemente, o tempo que o Jornal Nacional dedicou aos citados na Lista de Fachin.

Entre os dias 11 e 17 de abril, do total de pouco mais de 4 horas de cobertura, Lula ficou com 33 minutos. Dilma, com 18.

Juntos, ele e ela somaram 51 minutos de pancadaria, contra 54 de todos os demais.

Globo tem 'sala de guerra' contra Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não é possível precisar desde quando eles funcionam, mas a TV Globo opera dois endereços de e-mail que são mais que reveladores da postura da empresa diante da Lava Jato.

O primeiro é o CGJ-LAVANEWS@tvglobo.com.br>, onde CGJ é Central Globo de Jornalismo. Lava News, claro, dispensa explicações.

O segundo é o jornalismo-saladeguerra-bsb@tvglobo.com.br, cujo nome é a mais perfeita tradução da forma que a emissora encara a operação capitaneada por Sérgio Moro.

domingo, 23 de abril de 2017

Aloprado da TV Cultura leva bronca

Por Altamiro Borges

O "historiador" Marco Antonio Villa é um típico aloprado. Ele utiliza concessões públicas de rádio e televisão - como a TV Cultura e a rádio Jovem Pan, dois notórios palanques tucanos - para destilar a sua agressividade e as suas loucuras. Com sua obsessão doentia ao chamado "lulopetismo", ele virou um ativo militante contra os governos Lula e Dilma e contra o ex-prefeito Fernando Haddad. Por suas calúnias e difamações, ela já foi alvo de vários processos na Justiça. 

A partir da concretização do "golpe dos corruptos", ele deixou de lado seus discursos raivosos contra os "bandidos" e se tornou um bajulador rastaquera da máfia de Michel Temer. Dizem, até, que virou conselheiro informal do Judas. Seu ativismo fascistoide, porém, causa problemas às emissoras que o contratam, resultando em perda de audiência e de credibilidade. Isto talvez explique a bronca que levou do conselho curador da TV Cultura - segundo relato do jornalista Maurício Stycer publicado na Folha deste domingo (23). Vale conferir:

Desemprego cresce. Cadê a Miriam Leitão?

Por Altamiro Borges

No mês passado, o usurpador Michel Temer e seu czar da economia, o sinistro Henrique Meirelles, festejaram os dados sobre a criação de 36 mil empregos com carteira assinada em fevereiro. A mídia chapa-branca, corrompida com as polpudas verbas publicitárias, bateu bumbo. Em manchetes nos jornais e comentários na tevê, ela jurou que o país voltou a crescer. Miriam Leitão, porta-voz oficial da famiglia Marinho, chegou a escrever no jornal O Globo que “os sinais de retomada da economia” já seriam evidentes. Para estragar a propaganda golpista, porém, nesta semana foram divulgados os dados sobre o desemprego em março: houve perda de 64 mil vagas formais. Cadê o risonho Michel Temer? Cadê a ex-urubóloga Miriam Leitão?

Vereador fascista do MBL será cassado?

Por Altamiro Borges

Depois de provocar professores, diretores de escolas e até o secretário de Educação do aliado João Doria, o Ministério Público de São Paulo finalmente determinou que seja instaurado inquérito civil para investigar as visitas do infantil vereador Fernando Holiday (DEM) aos estabelecimentos de ensino de São Paulo. Munido de uma câmera de vídeo, o parlamentar tem percorrido as escolas da rede municipal para analisar se há “doutrinação" no conteúdo ensinado. No ofício em que determina a abertura de investigação, o MP-SP cita as denúncias de que o vereador teria intimidado professores nesses encontros e afirma que “a avaliação de conteúdos ministrados em sala de aula não se encontra entre as competências de fiscalização do legislativo”.

A marmelada do tríplex do Guarujá

Ilustração: Zepa Ferrer
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Talvez a rapaziada seguidora da novilíngua da Internet não saiba o significado da palavra “marmelada” – não o doce. Significa combinar de forma desonesta com o adversário o resultado final.

Entenda como se montou a marmelada do tríplex de Guarujá – cuja propriedade é atribuída a Lula.

O maior abuso cometido hoje em dia contra o Estado de Direito é o instituto da delação premiada. É escandalosa a sem-cerimônia com que a delação é manipulada pela Lava Jato, pelo PGR Rodrigo Janot e pelo juiz Sérgio Moro. É o maior argumento em defesa da Lei Antiabuso.

FMI volta a mandar no Brasil

Na época de FHC era assim
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Após 14 anos em que não davam mais as cartas por aqui, os “sábios” do Fundo Monetário Internacional voltaram a dar ordens ao Brasil – e o que é pior, voltaram a ser obedecidos. Na sexta-feira, 21 de abril, o diretor de Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, publicou um texto intimando nosso país a aprovar a reforma da Previdência criminosa de Michel Temer e dos tucanos, velhos sabujos do fundo.

Léo Pinheiro e a delação fabricada

Do site do Lula:

Nesta quinta-feira (20), o sócio e ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, preso em Curitiba, prestou um depoimento no qual muda completamente o que vinha dizendo desde sua prisão, em novembro de 2014. Segundo a imprensa, as novas alegações fazem parte de um acordo de delação que ele e a empresa OAS estariam fechando com o Ministério Público. Uma pré-condição para esse acordo seriam afirmações que incriminassem Lula no processo que envolve a apuração da propriedade de um apartamento no Guarujá. Léo Pinheiro não apresentou provas, mas cumpriu com uma parte do script.

Léo Pinheiro é um depoente condenado a 26 anos de prisão em outro julgamento. Sua negociação com os procuradores para reduzir sua sentença é pública e documentada.

Acompanhe a cronologia da pressão sobre Léo Pinheiro:


O foco é a greve geral

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país onde os trabalhadores são atacados no direito ao trabalho - pelo desemprego em massa -, nos direitos a uma velhice com dignidade - na reforma da previdência -, no direito ao estudo e a saúde - pela emenda do Teto -, no direito a verdade - pela ditadura do pensamento único - é preciso manter o foco e definir prioridades. O rumo do pais no próximo período pode começar a ser resolvido na greve geral marcada para sexta-feira, 28 de abril, uma jornada com vocação histórica.

Um ano de golpe no Brasil

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Passado um ano do golpe parlamentar que retirou do governo a presidenta Dilma Rousseff, a pergunta é bem simples: o que melhorou na sua vida e também em nosso país?

Pelas acusações, Dilma teria cometido crime de responsabilidade por ter assinado decretos de créditos suplementares e cometido as chamadas "pedaladas fiscais". Essa prática, como se sabe, ocorre na gestão de diversos estados.

Com ampla maioria de um parlamento conservador e também com a Globo atuando como partido das elites, Dilma foi deposta do cargo. Agora, com a distância dos fatos, fica evidente que ela não cedeu à chantagem de Eduardo Cunha, em 2015, então presidente da Câmara dos Deputados, alvo de investigação no Comitê de Ética. Cunha então resolveu “vingar-se” da falta de apoio da presidenta e acatou o pedido de impeachment. Em entrevista no sábado (15), o próprio Temer (PMDB) confirmou que a atuação de Cunha tratou-se de vingança.

França insubmissa assombra os neoliberais

Editorial do site Vermelho:

Com um inédito empate técnico, a disputa presidencial na França chegou à reta final neste domingo (23) com quatro dos onze candidatos tecnicamente empatados nas pesquisas.

Estava tudo previsto para que a eleição fosse uma festa conservadora, com a qual o próprio presidente François Hollande colaborou ao deixar de apoiar o candidato de seu partido, Benoit Hamon, por considerá-lo muito à esquerda. Mas a eleição virou uma bagunça, disse o próprio Hollande.

O que desarrumou a festa conservadora foi o crescimento, inesperado para a direita, do candidato da coligação França Insubmissa, Jean Luc Mélenchon, apoiado pela esquerda e pelo Partido Comunista Francês. Mélenchon, nas últimas semanas deu o salto nas pesquisas de opinião que trouxe tanta apreensão para a direita – ele pode chegar ao segundo turno, que ocorrerá no dia 7 de maio, e mesmo vencer a eleição.

Léo Pinheiro e o réveillon de Lula

Por Renato Rovai, em seu blog:

É impressionante a ironia dessa “confissão” do empreiteiro José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, dono da OAS. Ele “revelou” em delação premiada que, na segunda visita que fez ao imóvel, dona Marisa Letícia, recentemente morta (nem os mortos são mais respeitados na narrativa pós-verdade da Lava Jato) teria dito o seguinte:

Temer não cumpre promessa de reduzir cargos

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Um ano após ter chegado ao Palácio do Planalto, Michel Temer, não cumpriu a promessa de reduzir cargos no governo federal. Continua aparelhando o governo para agradar a seus aliados que votaram pelo golpe e garantir apoio em votações no Congresso. Todos se lembram – ou deveriam lembrar – que Michel Temer prometeu extinguir mais de 4 mil cargos comissionados

O discurso solene e agressivo da necessidade de redução de cargos públicos, e ministérios foi muito utilizado inclusive para atacar a gestão da presidenta Dilma, no que se referia a um suposto exagero na quantidade de ministérios. Descobre-se agora que, em vez de reduzir a quantidade de cargos, Temer oficializa aliados indicados e remaneja outros, sem exigir experiência na área ou competência comprovada em pastas que vão ocupar.

A militância política do Ministério Público

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Como se tratasse de um partido, em mais um ato descaradamente político - como já se tornou hábito nos últimos anos, no Brasil, sem contestação por parte da imprensa e de órgãos de controle - procuradores do Ministério Público tem produzido e divulgado vídeos - em defesa de seus próprios interesses - a propósito da Lei de Abuso de Autoridade em exame, neste momento, pelo Congresso Nacional.

Se membros do Ministério Público, aliás, parte de seus membros, que se arvoram em representar a classe, quando, graças a Deus, nem todos os procuradores - e juízes - brasileiros concordam com os absurdos que vêm acontecendo, quiser legislar, que renuncie à carreira e se lance candidato a deputado ou senador nas próximas eleições.

Planilha da Odebrecht complica Temer

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O presidente Michel Temer foi acusado por dois criminosos delatores da Odebrecht de abençoar em seu escritório político em São Paulo, em 2010, uma negociata de 40 milhões de dólares do grupo com a Petrobras e o PMDB. Entre as provas apresentadas pelos acusadores ao Ministério Público Federal (MPF), uma planilha registra o pagamento de 65 milhões de dólares em propina.

Os pagamentos começaram em 21 de julho de 2010, seis dias depois da reunião no escritório de Temer. Um repasse de 256 mil dólares a “Tremito”, codinome para identificar PMDB, segundo um dos delatores. O outro codinome para PMDB era “Mestre”, diz o mesmo delator. “Tremito” e “Mestre” receberam 32 milhões de dólares entre 2010 e 2012, provavelmente no exterior.