segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Meirelles, Alckmin e o "legado" de Temer

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Com discursos muito semelhantes na defesa do legado de reformas do governo Temer, o governador Geraldo Alckmin e o ministro Henrique Meirelles lançaram neste final de ano suas candidaturas à sucessão em 2018.

Ambos se posicionam contra os extremos, quer dizer, Lula e Bolsonaro, que lideram com folga as pesquisas, na tentativa de se apresentarem como o candidato do centro governista sonhado pelo mercado, depois das desistências de João Doria e Luciano Huck, mas enfrentam o mesmo problema: a falta de votos.

Brasil, um país com as coisas fora do lugar

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Um golpe, com tanques ou com votos calculados de parlamentares, é um golpe. Indica que a desordem natural das coisas, uma vez adotada em relação ao essencial, a legitimidade do governo, está permitida também nos outros planos da vida social. Nesta semana de Natal tivemos mais dois exemplos da subversão da ordem natural na vida institucional: um procurador da República, em nome da Lava-Jato, atacou frontalmente o presidente da República com um discurso de forte tom palanqueiro.

Os aplicativos e a precarização no trabalho

Por Lilian Milena, no site Vermelho:

Apesar da grande diversidade de aplicativos a disposição do consumidor, esse é um mercado praticamente oligopolizado na atualidade. A prova disso está no seu aparelho de celular onde, muito provavelmente, os apps que você utiliza receberam investimentos da Google, Amazon ou Microsoft.

Esse pequeno e forte grupo também está por trás do capital investido nos aplicativos de prestação de serviços mais acessados no mundo, como Uber e Airbnb. O alerta é do professor de cultura e mídia digital da The New School, de Nova York, Trebor Scholz, autor de ‘Cooperativismo de Plataforma: contestando a economia do compartilhamento corporativa’, que acaba de chegar ao Brasil pelas editoras Autonomia Literária e Elefante e a Fundação Rosa Luxemburgo.

Balanço-2017: o que você não viu na mídia

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

2017 vai chegando ao fim de forma melancólica para o Brasil. Foi um ano em que os homens que tomaram o poder em Brasília sacramentaram as mesmas políticas públicas rejeitadas reiteradamente pelo povo nas urnas.

Em vez de fazer uma retrospectiva dos principais acontecimentos do ano, resolvi fazer uma que traga alguns assuntos que foram estrategicamente esquecidos pelos conglomerados de mídia do país. Como acontece todos os anos, assuntos de grande importância não ganham o merecido destaque e acabam morrendo em notinhas de rodapé.


A República de Bananas Nanicas

Por Marcelo Zero

As inevitáveis consequências negativas da política externa do golpe são cada vez mais evidentes. A expulsão do embaixador do Brasil na Venezuela é apenas uma amostra.

Desde que assumiram ilegalmente o controle do Estado brasileiro, os golpistas colocaram a nossa política externa na órbita dos interesses estratégicos dos EUA, perdendo de vista os verdadeiros interesses nacionais. Em sintonia com essa nova posição subserviente e míope, o governo do golpe fez da perseguição à Venezuela sua razão de ser e da expulsão desse país do Mercosul a sua grande meta.

O que falta para as esquerdas se unirem?

Por Chico Malfitani, no site Jornalistas Livres:

O que falta acontecer no Brasil pós-golpe?

Que direitos mais faltam tirar dos trabalhadores?

Que cortes no orçamento das áreas sociais falta Temer fazer?

Que retrocessos na luta contra a escandalosa desigualdade social faltam acontecer?

Que riquezas e empresas nacionais faltam esse governo entregar para os estrangeiros?

Mensagem de otimismo para lutar em 2018

Ódio a Lula indica tendência do TRF-4

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), marcado para 24 de janeiro, é um jogo de cartas marcadas desde a condenação do petista pelo juiz Sérgio Moro, em julho de 2017, a nove anos e seis meses. Por isso, para os juristas Celso Antônio Bandeira de Mello e Pedro Serrano, a indicação de que a condenação será confirmada na segunda instância parece clara, já que códigos, leis e a Constituição se tornaram aspectos secundários para juízes e tribunais no Brasil de hoje.

Clã Sarney afunda no Maranhão

Foto: Gilson Teixeira
Por Altamiro Borges

Nos últimos três anos, o Maranhão passa por sensíveis transformações. Classificado historicamente como um Estado com piores índices de desenvolvimento humano no país, ele presencia a construção de escolas dignas onde antes existiam salas degradadas. Um projeto ousado de alfabetização, em parceria com o MST, permite que as pessoas possam finalmente ler e escrever. Obras são inauguradas todos os meses levando infraestrutura aos municípios antes abandonados. O resultado destas e de outras mudanças impactam o imaginário popular e tem garantido altos índices de aprovação ao governador Flávio Dino (PCdoB), que nas eleições de outubro de 2014 obteve um feito histórico ao derrotar a oligarquia medieval e fisiológica de José Sarney.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Aécio Neves: 50 milhões em propinas

Da revista CartaCapital:

Uma nova leva de acusações atingiu o tucano Aécio Neves. Segundo reportagem de O Globo, ex-executivos da Odebrecht afirmaram que o senador recebeu propina para defender os interesses da construtora e da Andrade Gutierrez nas obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em Rondônia.

Pelo “apoio”, Aécio teria recebido 50 milhões de reais. A Odebrecht, delataram os ex-executivos, pagou 30 milhões. A Andrade Gutierrez, 20 milhões. Segundo a reportagem, os delatores apresentaram comprovantes de depósitos em uma conta em Cingapura operada por um laranja, cujo nome ainda não foi revelado. Henrique Valladares, um dos delatores, afirmou que a conta está vinculada ao empresário Alexandre Accioly, padrinho de um dos filhos do senador e um de seus mais próximos amigos.

Lei 'antivandalismo' de Porto Alegre é farsa

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Os vereadores porto-alegrenses aprovaram uma lei maluca que pretende impedir o direito de reunião, o de manifestação e o de pensamento, tudo no mesmo pacote. O texto prevê ampliação do poder da Guarda Municipal, autoriza punições e multas de até R$ 401 mil contra quem “impedir o livre trânsito de pedestres ou veículos” na capital gaúcha.

O texto encaminhado pelo prefeito Nelson Marchezan, que o chamou de “lei antivandalismo”. O texto foi votado no plenário da Câmara Municipal na quarta-feira (20), recebendo 23 votos favoráveis e oito contrários.

Gilmar e o juiz que o chamou de corrupto

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

Num país polarizado como o nosso, juízes, em boa parte, ou se tornaram moralistas irascíveis na persecução penal, não fazendo concessões a garantias processuais, ou passaram a reagir frouxos feito bola de gude em boca de banguela, abandonando quaisquer critérios, para decidir ao sabor da ocasião e da cara do freguês.

Difícil é, em nossos dias, encontrar o magistrado equilibrado, que respeita a soberania popular no critério da lei, ora para endurecer, ora para preservar algum pragmatismo para garantir julgamento justo de cada um segundo suas especificidades pessoais.

Aécio e a academia de Aciolly (e Huck)

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Globo publica matéria de Bela Megale e Tiago Herdy informando que a Procuradoria Geral da República tem indícios de que Aécio Neves recebei R$ 50 milhões – R$ 30 milhões da Odebrecht e R$ 20 milhões da Andrade Gutierrez – para fazer lobby pelas empreiteiras na contratação das obras de construção da Usina de Belo Monte, da qual a estatal mineira, a Cemig, é sócia.

EUA manejam Lava-Jato para destruir o Brasil

Do site Carta Maior:

Num discurso feito em julho deste ano, no qual felicitava a si mesmo, o subprocurador geral estadunidense Kenneth A. Blanco, que dirigia a Divisão Penal do Departamento de Justiça (porque logo o Secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, o escolheu para encabeçar a Direção de Investigação sobre Delitos Financeiros), se referiu ao veredito condenatório ditado contra o ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, como o principal exemplo dos “resultados extraordinários” alcançados graças à colaboração do Departamento de Justiça (DOJ, por sua sigla em inglês) com os promotores brasileiros na operação “anti corrupção” chamada Lava Jato.

ACM Neto tira BaianaSystem do carnaval

Foto: Eme Fotografia
Por Manuca Ferreira, no blog Socialista Morena:

O BaianaSystem, banda criada em 2009 em Salvador que mistura, entre outros ritmos e influências, sound system à guitarra baiana e que estourou no carnaval passado por puxar um histórico “Fora, Temer!” em frente às câmeras, será excluída da festa momesca na capital baiana, em 2018, se depender do prefeito ACM Neto (DEM). Em agosto de 2016, a banda já havia exibido a frase contra o governo golpista em um telão durante o Festival de Inverno, em Vitória da Conquista.

Universidade e sentimento de República

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Vivemos tão mergulhados no dia a dia, tão tomados pelas urgências da conjuntura, presos aos problemas mais próximos que esquecemos que os momentos de invenção são imprescindíveis. E, na verdade, há poucos lugares e oportunidades para exercer a função de reinventar o mundo. A universidade, de certa maneira, seria o lugar próprio para esse exercício.

Expulsão do embaixador e o fiasco de Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A expulsão de Ruy Pereira, embaixador do Brasil em Caracas, é uma nova demonstração do estrago que o governo Temer está produzindo na diplomacia brasileira.

Embora o diplomata brasileiro tenha sido declarado "persona non grata" pelo governo do país vizinho, não se trata de uma reprovação de caráter pessoal.

É o resultado esperado diante de sucessivas demonstrações de hostilidade por parte de Brasília, fruto de reorientação produzida no Itamaraty após a queda de Dilma Rousseff. Abandonando a melhor tradição de independência de nossa política externa, que transformou o Brasil no líder inconteste da América Latina, México inclusive, hoje o Brasil tenta atuar como braço auxiliar das pressões norte-americanas contra o governo de Nicolas Maduro, que incluem uma guerra econômica destinada a produzir uma catástrofe política.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Lula e Chico estreiam campo Dr. Sócrates

Por Leonardo Fernandes, no site do MST:

Mais que a inauguração do espaço esportivo, a ENFF foi palco de um grande ato político em defesa da democracia no Brasil. A estreia oficial do Campo Dr. Sócrates Brasileiro ocorreu neste sábado (23) na ENFF, localizada em Guararema, a 80 km de São Paulo.

Diversos artistas, intelectuais, jornalistas esportivos, políticos e representantes de movimentos populares e sindicais participaram das atividades que começaram logo cedo e seguiram por toda a tarde. Entre as presenças ilustres, o ex-presidente Lula e Chico Buarque que não só compareceram, como escalaram seus times para o jogo de estreia.

O dia em que o Sócrates ficou mais feliz

Por Renato Rovai, em seu blog:

De um lado, Lula, Chico Buarque, o ator Chico Dias, Haddad, Reinaldo, ex-centroavante do Atlético, Afonsinho, que também foi jogador e médico como o doutor, e outros craques de todas as artes.

Do outro lado, o time dos amigos do MST, onde os destaques eram João Pedro Stédile e João Paulo.

O juiz, Juca Kfouri. Aquele que com humor e ironia vem há décadas denunciando as mazelas do futebol brasileiro. E ao mesmo tempo reverenciando com seu texto fino alguns craques da bola.

Não se vende o sonho de Santos Dumont

Por Manuela D’Ávila

A Embraer, mais que uma das maiores empresas de aviação do mundo, é a materialização do sonho de Santos Dumont. Ela é símbolo da capacidade de realização de nossa gente e do poder de voar da inteligência brasileira.

Quando fundada, no final dos anos de 1960, enfrentou a descrença de que um dia o Brasil poderia fazer que seus aviões voassem no mundo inteiro. Isso é uma realidade. Hoje, a Embraer é uma empresa privada de capital aberto que possui caráter estratégico para o Brasil, seja do ponto de vista econômico, para a inovação, seja para a defesa nacional.